Obra d’OSGEMEOS apagada na Praça Roosevelt em SP. Foto © OSGEMEOS
Já falamos do assunto aqui antes, a questão já foi debatida e aparentemente havia sido resolvida, com a decisão de que não se apagariam mais obras d’OSGEMEOS, mas… apagaram novamente.
O país vive tempos muito turbulentos, mas ainda gostariamos de acreditar que existe espaço para a arte.
About Lost Art
Lost Art é um coletivo de fotografia, comportamento e arte.
Louise Chin e Ignacio Aronovich são fotografos, jornalistas e curadores. Viajam o mundo atras de novidades e de lugares desconhecidos. Suas buscas os levaram a lugares como Antartica, Alaska, Africa, Jordânia, Laos, Camboja, entre outros destinos. Já documentaram algumas das provas mais dificeis do mundo como Raid Gauloises, Elf Authentique Adventure e a Race Across America. Foram convidados a realizar a exposição inaugural da 202 Gallery da Otto Design Group na Philladelphia, onde apresentaram "Streets of São Paulo". Participaram da primeira edição "Backjumps : Live Issue" em Kreuzberg, Berlim, junto com Bansky, Shepaird Fairey, WK Interactive e Swoon. Publicaram o livro "Graffiti Brasil" pela editora inglesa Thames & Hudson em 2005. Juntamente com André Meyer produziram a tour do Kamikaze Freak Show no Brasil em 2003, e fotografaram diversos espetáculos circenses, performers, dançarinos, shows musicais e teatrais pelo mundo. Em 2008, participaram do Festival della Creatività em Florença, na Italia, e expuseram "Untamed Brazil" no Museu Crystal Worlds em Innsbruck, na Áustria. O site Lost Art está online desde 2000 e é referência na web quando o assunto é arte, fotografia e cultura.
http://www.lost.art.br/
E só para completar: Paris toda é dessa cor “cinza” (na verdade é mais bege). Queria ver como a mídia francesa trataria quem – gêmeos ou não – passasse a pixar aquelas paredes seculares em nome da “arte” que fosse. Não sejamos provincianos nemm viralatas; por que não merecemos viver em uma cidade mais humana e menos poluídas, onde sejam reprimidas as pessoas que querem provar que existem ao pixar paredes, com suas iniciais estilizadas ou com desenhos mais complexos, como esse, que ficariam melhor na parte interna das paredes e muros de quem os desejasse ver o tempo todo.
E quem vai classificar se essas pixações que poluem a cidade são o que são – pixações – ou se trata de “arte”? A prefeitura deve contratar curadores municipais para acompanhar os agentes da limpeza pública incumbidos de reduzir a poluição visual dos muros públicos da cidade? Ou para apaziguar o dono de um muro ou parede particular igualmente pixado? E por que esses tais gêmeos (por que o jornal não os identificou?) podem usar as paredes e muros da cidade para se promoverem, e os “mano” da periferia não podem? É por essas e outras cretinices que a população começa a se revoltar.
Quem mandou apagar? Essa pessoa pode ser um ignorante, insensível, sem escola, pois não é capaz de entender que a arte reflete o momento de uma sociedade e essa expressão deve machucar muito seu senso de irresponsabilidade e de sede de poder.