Perfil O blog é editado pelos fotógrafos Louise Chin e Ignacio Aronovich, criadores do site Lost Art
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JR pintado por Liu Bolin em NY. Foto (CC) Sabeth718
O artista francês (e nosso amigo) JR fez uma parceria inédita com Liu Bolin em NY. JR ficou “invisível” defronte sua própria foto colada. Veja bastidores do processo no site Arrested Motion, aqui e aqui.
Liu Bolin "Hiding in New York No. 3 - Magazine Rack", 2011 / cortesia Eli Klein Gallery
Li Bolin > obras na galeria Eli Klein (NY) aqui.
JR antes no blog, aqui.
Titi Freak e Yumi, em foto de arquivo © Lost Art
TITI FREAK está no Brasil! Titi é um dos nossos artistas contemporâneos favoritos. Documentamos seu trabalho em NY, na Choque Cultural, e no MASP , além de inúmeras obras na Aclimação e na Liberdade que você pode ver em Lost Art, aqui.
Titi apresentará uma série de palestras gratuitas (inscrições limitadas) sobre a experiência do projeto “Community x Graffiti” onde o o artista pintou containeres usados como abrigos temporários em Ishinomaki (Japão) por sobreviventes do terremoto seguido por tsunami (março de 2011) que assolou o país.
Imperdível!
Veja album na Folha.com, aqui. Leia mais, aqui. Increva-se aqui.
Hoje no MASP, amanhã, na USP, e dia 23/03 em Curitiba.
Titi pinta abrigos no Japão. / Foto : Kenichi Aikawa/Divulgação
A palestra termina as 18hs, e às 19hs, sob a curadoria de Binho Ribeiro rola o evento Graffiti Ambiente, na Al. Oscar Freire nº 156, com lançamento de posters e obras de Anjo, Does, Feik, Gafi, Graphis, Nem, Nick, e Snek.
"Graffiti Ambiente" com curadoria de Binho Ribeiro, HOJE em SP.
Terminal Kings em Denver, Colorado
O artista Rafael Highgraff participou da produção de um mural que ficará exposto durante cinco anos no Aeroporto Internacional de Denver, no Colorado. Em uma iniciativa que merecia ser imitada por aqui, a Universidade de Denver selecionou os artistas David Choe, Sam Flores, e Highraff para participarem do projeto TERMINAL KINGS. Os murais foram pintados no City Hall de Denver em janeiro, e agora estão sendo instalados no aeroporto. 75,000 artistas se inscreveram, e apenas três foram selecionados. Conhecemos Rafael e acompanhamos seu trabalho há alguns anos, e ficamos orgulhosos em ver seu talento reconhecido. Assim como aconteceu com inúmeros artistas, o reconhecimento internacional antecede o reconhecimento no Brasil.
Rafael Highraff pinta seu mural em Denver para o projeto Terminal Kings.
Mais informações na página do Facebook dedicada ao projeto, aqui.
Poster do documentário "Vigilante Vigilante".
No documentário Vigilante Vigilante o diretor Max Good apresenta os cidadãos incomodados pelo graffiti e arte de rua que decidiram dedicar seu tempo para apagar graffiti, arte de rua, tags, e murais.
Seriam os críticos de arte mais severos do mundo? Talibãs contra a arte urbana? Justificados em seu direito de apagar o que não respeitam como arte? A discussão é boa, mas podemos adiantar que apagar obras de Banksy, como fez o Grey Ghost em New Orleans, é um erro enorme. Há coisas muito piores, como propaganda invasiva, para combater.
Site oficial do documentário.
.Grafico de artistas mais presentes no Streetsy, não necessariamente nas ruas, do site Grafrank
O site Grafrank, criado por Jake Dobkin, tenta mapear os artistas de rua mais prolíficos através de tags no pool Streetsy, do Flickr. O Brasil está notadamente ausente (exceto aqui, pela expo d’osgemeos em Los Angeles), o que por si só já torna questionável a eficácia da ferramenta, e dá a impressão de que serve mais para mapear as obras mais fotografadas (e tagged) do que os artistas propriamente ditos.
Mesmo assim, não deixa de ser algo interessante. Veja aqui.
Obra de Vitché. / foto © LOST ART
Há alguns meses um designer de Cape Town (Africa do Sul) em visita a São Paulo, nos perguntou como fazer para conhecer melhor a arte de rua da cidade. Em sua mensagem ele nos perguntava se o “Street Art Tour” oferecido por R$ 300 (!) valia a pena. Nós o desencorajamos a pagar tanto por algo que pode ser feito de maneira independente com um pouco de tempo e esforço. Depois descobrimos que há outros tours oferecidos em SP, e até hotéis que vendem pacotes para apresentar a arte de rua de SP para turistas.
Há algum tempo a Red Bull criou o Street Art view, com intervenções urbanas em diversos países do mundo mapeadas e acessíveis facilmente.
Outra iniciativa, mais recente, é de Mariana de Luca e Thiago Rangel Pinto e chama-se WALL.K São Paulo. A dupla tenta levantar grana via crowdfunding para criar um APP ou arquivos para download para guiar pessoas pela cidade oferecendo informação que vai além da localização das obras interessantes e inclui também dados sobre os artistas. A iniciativa é interessante, e se você quiser dar uma força clique aqui.
Nós somos um pouco suspeitos para falar no assunto, mas acreditamos que um dos grandes prazeres de explorar uma cidade é descobrir arte perdida por ai. Descobrimos o artista VASKO em Santiago (Chile) assim, caminhando e vendo uma obra aqui, outra ali. O mesmo ocorreu com a artista Misery, na Nova Zelândia, e muitos outros espalhados pelo mundo. Parte do prazer está na descoberta, e receber tudo explicadinho nos parece um pouco fácil demais.
Mas… para quem tem pouco tempo na cidade, a iniciativa é bemvinda, nem que seja apenas para apontar os lugares mais conhecidos.
Opiniões? Tours de graffiti são uma boa ou são uma forma de lucrar com as obras alheias? E apps/guias de arte urbana?
Bart Simpson vira artista de rua no episódio "Exit Thru the Kwik-E Mart" / reprodução © FOX
Quando alguma manifestação cultural é parodiada no desenho The Simpsons de Matt Groening, pode-se dizer que já faz parte do mainstream. Em um episódio exibido recentemente, Bart Simpson vira um artista de rua e cola posters e adesivos e pinta com spray bombardeando Springfield com “DOPE”, para sacanear Homer.
O episódio cita “Exit Through the Gift Shop” de Banksy, e Bart rapidamente é “descoberto” e vai parar em uma galeria de arte.
Enquanto Bart está agindo na madrugada é abordado por Shepard Fairey, Ron English, Kenny Scharf, e Robbie Conal. As vozes são dos próprios artistas, e algumas frases são tão contundentes que merecem ser traduzidas e citadas aqui:
“Vandalismo urbano é a forma de arte mais quente do momento. ” Shepard Fairey
“Arte de rua não é sobre questionar autoridade.” Shepard Fairey (que ganhou sua notoriedade inicial colando “OBEY” (“Obedeça”).
“Não estou mais no negócio de ajudar posers, agora somente vendo coisas para eles” Shepard Fairey
e a melhor frase do episódio é proferida pelo próprio Bart Simpson:
“Se está em uma galeria, como pode ser arte de rua?”
Assista aqui.
Vista parcial do mural sem título de Flavio Samelo. / foto © Flavio Samelo
Fala-se muito sobre artistas de rua que migraram para as galerias de arte. Um dos pioneiros a abordar este assunto foi Andreas Johnsen, diretor do documentário Inside Outside, que você pode assistir na íntegra aqui.
Flávio Samelo, fotógrafo, pintor, escultor, artista multimídia e alérgico a rótulos, fez
o caminho inverso.
Após uma série de exposições de suas obras em galerias, Samelo acaba de concluir sua maior obra: um mural de 700 metros quadrados misturando fotografia, lambe-lambe, e spray.
Apesar de ser um mural em um tapume de um empreendimento imobiliário, o artista
teve total liberdade criativa para usar o espaço à sua maneira.
O resultado, gráfico e atemporal, agradou a moradores e permitiu um acesso sem precedentes à obra de Samelo, usualmente restrita à visitantes de galerias.
Quem estiver em São Paulo pode ver a obra na rua Augusta, onde ficava o hotel CaD’oro,
e sua continuação na rua Avanhandava.
Visite o site do artista aqui.
Detalhe de mural criado por Flávio Samelo / foto © Flavio Samelo
Bicicletada Avenida Paulista 02/03 #naofoiacidente foto (CC) SA - Fora do Eixo
Este blog é sobre arte de rua mas também sobre expressão urbana. Protestar é uma forma importante de expressão, e a manifestação de ontem à noite na av. Paulista sob muita chuva após o atropelamento da ciclista Juliana Dias foi um importante sinal de humanidade em uma cidade que precisa de muito mais amor e civilidade.
Pedalamos em SP há mais de vinte anos e conhecemos bem o descaso público e a agressividade dos motoristas da cidade. Esperamos que as mortes de ciclistas em SP não sejam em vão e que as coisas melhorem por aqui. Para os nossos companheiros de pedal, muito cuidado, por favor.
Capa do livro Graffiti Tattoo vol. II, lançado nesta semana.
Existem inúmeros grafiteiros que migraram do spray para as agulhas e levaram o trabalho artístico realizado nos muros para a pele. Nesta semana foi lançado o volume dois do livro Graffiti Tattoo, que reúne obras de diversos grafiteiros que viraram tatuadores.
Veja um preview do livro aqui.
Algo que também está no livro, e que nós encontramos pessoalmente por aqui, são admiradores do trabalho de alguns artistas de rua que expressam sua apreciação da arte alheia tatuando obras reproduzidas em seu próprio corpo. Nas fotos abaixo, o artista genial Trampo, de Porto Alegre, homenageia osgemeos com uma tattoo de um b-boy old school. Na foto seguinte, uma admiradora de Nina Pandolfo exibe uma das meninas clássicas da artista tatuada em seu braço.
O artista Trampo, de Porto Alegre, e sua tattoo com b-boy d'osgemeos / foto © LOST ART
Admiradora exibe tattoo com obra de Nina Pandolfo. / foto © LOST ART