Perfil O blog é editado pelos fotógrafos Louise Chin e Ignacio Aronovich, criadores do site Lost Art
Perfil completo
Obras de OSGEMEOS continuam sendo apagadas. FOTO: © OSGEMEOS
Mesmo com reconhecimento mundial e valorização de suas obras em galerias, museus, e coleções pelo mundo, OSGEMEOS continuam tendo suas obras apagadas pela prefeitura de SP. A administração não reconhece/ignora que a street art de SP gera empregos, atrai turistas, e há até city tours de hotéis que incluem bairros grafitados em seus roteiros.
Até quando?
Poluição visual. São Paulo merece algo melhor. Foto © LOST ART
Este blog existe para celebrar a arte e o uso do espaço público para expressão pessoal. Ao nos deparar com aberrações visuais como o mobiliário urbano que ilustra este post sentimos uma tristeza profunda.
Os avanços conquistados pelo programa Cidade Limpa, reconhecido e valorizado mundialmente, perdem espaço para a ganância de uma administração que utiliza o espaço público como fonte de renda, poluindo a cidade de maneira completamente desnecessária.
Lamentamos que um dos motivos de orgulho de São Paulo tenha sido destruído. Aguardamos ansiosamente a resposta dos artistas de rua, que não tardarão a usar estes espaços como forma de expressão pessoal, algo que nos agrada muito mais do que propaganda indesejada de produtos e serviços.
Para as empresas que investiram nesta opção horrenda de publicidade ainda há tempo: basta convidar artistas a ocuparem estes espaços e colocarem um branding discreto, que não seja uma agressão aos moradores da cidade. Sinal de maturidade e respeito com o que foi conquistado.
Ciro Schuneman+ Miss Van em São Paulo!
Retratos colados na calçada em Times Square. Foto © instagram/jr
JR invade Nova Iorque novamente e ocupa Times Square com o projeto Inside Out:
Obra de Shepard Fairey em Berlim, 2003. foto © LOST ART
Stencil de Shepard Fairey em Berlim, 2003. foto © LOST ART
Obra de Shepard Fairey em Berlim, 2003. foto © LOST ART
Conhecemos Shepard Fairey quando participamos da exposição Backjumps – Live Issue #1 em 2003 em Berlim. Apesar da exposição ser realizada em um local fechado, a verdadeira instalação de Shepard Fairey estava nas ruas, nas dezenas de posters, adesivos, e stencils espalhados por Kreuzberg.
Shepard Fairey ficou conhecido no meio da arte de rua pela sua obra “obey giant” que espalhou-se por todo o mundo. Sua fama no mainstream veio através do poster que criou para a eleição de Barack Obama.
Poster “Hope” por Shepard Fairey para a campanha de Barack Obama.
No curta “Obey the Giant” Julian Marshall apresenta a trajetória de Shepard Fairey desde o início como estudante no Rhode Island School of Design, onde tudo começou.
Intervenção urbana de Ryane Leão com ilustrações de Fernando Cezar na Rua Augusta, São Paulo. foto © LOST ART
Arte de rua de qualidade faz pensar. Pode ter mérito artístico, ser ousada pela escolha do espaço, ou apenas provocar. É sempre bom quando algo deixa o observador curioso para saber mais. Incluir um link para uma página na internet é bemvindo, mas nem sempre necessário.
Esta semana, caminhando pela rua Augusta vimos a frase “eu só quero estar viva em meio ao caos” colada em um portão. O endereço do facebook na lateral apontava o caminho para a autora, Ryane Leão [+].
Escrevemos para Ryane para tentar entender melhor o que a motiva para usar as ruas como forma de expressão:
“As ruas alimentam meu trabalho e acho justo alimentá-las também. Minha escrita mora e respira em são paulo, porque é praticamente autobiográfica (com um bocadinho de ficção, claro). e creio que os muros de sp chamam a gente de uma forma absurda. claro que tem gente que só vê sujeira, eu vejo a necessidade do grito (em todas as suas formas).”
As ruas de SP (ou pelo menos quem aprecia arte de rua e o uso do espaço público como forma de expressão) agradecem.
Veja mais fotos da intervenção aqui.
Obra de Vhils no Rio de Janeiro. Foto : Divulgação
Alexandre Farto, a.k.a. “Vhils” em ação no RJ. foto : Divulgação
Já escrevemos sobre o jovem português Alexandre Farto, ou VHILS, aqui antes [+ +]. Somos admiradores e apreciadores do método destrutivo utilizado para construir suas obras. É como se fosse uma espécie de arqueologia urbana e as imagens já estivessem na parede, aguardando para ser descobertas por ele.
VHILS veio ao Rio (pela terceira vez) para expor suas obras de 26 de abril a 26 de maio no Clark Art Center, mas também produzirá obras na Comunidade dos Tabajaras (onde realizará oficina com os moradores locais), em prédio próximo ao metrô Siqueira Campos e nos arcos do Túnel Velho. Trata-se de uma oportunidade especial para quem quiser ver de perto um dos grandes artistas da cena mundial de arte de rua (e das galerias, já que Alexandre tem realizado várias exposições em galerias pelo mundo). A exposição “Fragmentos” no Rio é a primeira individual do artista em terras brasileiras, e faz parte dos eventos comemorativos do Ano de Portugal no Brasil.
Para quem está no Rio, absolutamente imperdível!
foto © LOST ART
Assista o documentário “PIXO” de João Wainer e Roberto T. Oliveira na íntegra no link abaixo:
http://youtu.be/_3hCnB5djGg
