Obra de Binho em Rochester para o festival Wall Therapy. Foto © BINHO

O festival WALL THERAPY está sendo realizado neste momento em Rochester (NY). Participam alguns dos artistas citados frequentemente neste blog, como Binho, Daleast, Faith47, e outros (lista completa com links). Veja a cobertura da Juxtapoz em três partes: 1 | 2 | 3

Obra de Binho Ribeiro. FOTO © BINHO

Obras de OSGEMEOS. FOTO © OSGEMEOS

Carroça pintada por Thiago “Pimp my Carroça” Mundano. FOTO © MUNDANO

Obra de Mundano pintada hoje, 17/06 na Consolação. foto © MUNDANO

Obra de Daniel Melim pintada antes do inicio dos protestos em SP mas mais atual do que nunca. FOTO © DANIEL MELIM

Como era esperado, artistas de rua de SP se manifestam sobre os protestos e o momento que estamos vivendo.

Binho em Ghana, na Africa. foto © Binho Ribeiro

Mural de Binho em Accra, Gana. foto © Binho

Binho Ribeiro é um embaixador do graffiti brasileiro e já levou sua arte de rua a diversos países pelo mundo. Sua mais recente viagem foi até Accra (Ghana), onde pintou diversos murais.

Veja (muito) mais aqui.

Flyer do evento URBAN ART EFX, realizado na Holanda.

Nosso amigo Binho continua representando o Brasil em eventos internacionais. Desta vez em Amsterdam, participando do Urban Art Efx, que reune artistas da Holanda, Alemanha, México, Inglaterra, Itália, Hong Kong, Dinamarca, e Suiça.

Outro amigo nosso que participa do evento é Ruediger Glatz, ou Ruedione. Ruedi é fotógrafo e tem um dos maiores arquivos de fotos  artistas de rua em ação que conhecemos.

Fotos de Ruedi Glatz, que documenta artistas de rua há anos.

CEET vem de Hong Kong e tem um extenso trabalho de rua mas suas obras expostas em galerias nos agradam ainda mais.

MacMAo, obra de 2011 do artista CEET, de Hong Kong | foto : cortesia do artista

Acompanhe os eventos e murais de Urban Aft EFX aqui.

Titi Freak e Yumi, em foto de arquivo © Lost Art

TITI FREAK está no Brasil!  Titi é um dos nossos artistas contemporâneos favoritos. Documentamos seu trabalho em NY, na Choque Cultural, e no MASP , além de inúmeras obras na Aclimação e na Liberdade que você pode ver em Lost Art, aqui.

Titi apresentará uma série de palestras gratuitas (inscrições limitadas) sobre a experiência do projeto “Community x Graffiti” onde o o artista pintou containeres  usados como abrigos temporários em Ishinomaki (Japão) por sobreviventes do terremoto seguido por tsunami (março de 2011) que assolou o país.

Imperdível!

Veja album na Folha.com, aqui. Leia mais, aqui. Increva-se aqui.

Hoje no MASP, amanhã, na USP, e dia 23/03 em Curitiba.

Titi pinta abrigos no Japão. / Foto : Kenichi Aikawa/Divulgação

A palestra termina as 18hs, e às 19hs, sob a curadoria de Binho Ribeiro rola o evento Graffiti Ambiente, na Al. Oscar Freire nº 156, com lançamento de posters e obras de Anjo, Does, Feik, Gafi, Graphis, Nem, Nick, e Snek.

"Graffiti Ambiente" com curadoria de Binho Ribeiro, HOJE em SP.

"Floretsta Urbana", mural na Praça Paulo Kobayashi, anexa à Câmara Municipal de São Paulo (foto cortesia Binho Ribeiro)

Hoje é o último dia para ver oito artistas de rua paulistanos pintando uma megaprodução  em SP.   O “cubo”, ao lado da Câmara dos Vereadores de SP, está sendo grafitado por  NICK, DOES, FEIK, EVOL, SNEK, e SR.MAX., com direção de arte e curadoria de Binho Ribeiro (que aparece no primeiro post deste blog em foto de 1997).

A obra foi intitulada “Floresta Urbana“.  Binho tem 27 anos de graffiti e celebra a visitação do mural por velhinhas e crianças e explica que “hoje em dia a arte de rua anda muito individualista, focada apenas no singular”.  Binho quer mais obras coletivas e “aprender a melhorar a cena para usufruir melhor.”

“Antigamente tinha muito de ensinar a molecada, mas com o sucesso comercial de alguns artistas, isso foi ficando pra trás. Gosto de projetos coletivos com o pessoal das novas gerações.”

Se você não está em SP ou não pode visitar o local, veja as fotos no flickr do Binho, aqui.

Não deixe de ver as obras no entorno do Cubo feitas por 30 artistas como Zezão, Minhau, Chivitz, Presto, Bue, e outros.

Binho, 1997.

Nosso interesse pela arte de rua vem da fotografia de rua.

Começamos a fotografar arte de rua e graffiti por volta de 1996.

Para quem é observador ao fotografar, é impossível ignorar o que está pintado nas paredes da cidade.   Na época da fotografia em película, com filmes de 36 exposições, era comum sobrar alguns fotogramas no filme.  Ao invés de rebobinar os filmes sem usar os últimos clicks, era natural para nós ir para a rua fotografar para acabar com o filme completamente e poder revelá-lo.

Muitos destes clicks foram de muros pintados com uma qualidade e estilo próprio que nos chamava a atenção.

Após algum tempo ficamos curiosos e buscamos descobrir quem eram os artistas por trás
dos muros de São Paulo. Em 1997 decidimos fotografá-los, e conhecemos alguns dos artistas de uma geração que já está mais que consolidada:  Speto, Vitché, Binho, Tinho, Nina, osgemeos e outros posaram para nós.

Em 1997 a grande maioria ainda usava tinta automotiva, e não havia reconhecimento algum. Galerias não estavam interessadas, e arte de rua e graffiti eram algo distante da mídia tradicional.

Quando começamos o site Lost Art em 2000, a maioria dos artistas não tinha câmeras
digitais, e publicar o próprio conteúdo exigia algum conhecimento, já que não havia ainda
Fotolog (2002), Flickr (2004), e nem ainda a  popularização de blogs.

Em 2000 tínhamos páginas dedicadas a artistas como Vitché, osgemeos, e outros. Depois
vieram Zezão, Nina, e outros artistas.  Publicamos editoriais nos Estados Unidos e no Japão divulgando o talento destes artistas. No Brasil havia pouco interesse.

Tinhamos farto material documentando a cena de graffiti no Brasil, mas quando visitamos editoras nos diziam  “publiquem um livro de culinária ou sobre futebol, ninguém quer saber sobre grafitti.” Em 2005 publicamos, juntamente com Tristan Manco e Caleb Neelon o livro Graffiti Brasil, pela editora inglesa Thames & Hudson.

Em 2012 há inúmeros artistas de rua em atividade com propósitos distintos. Alguns encaram a atividade como forma de expressão, outros de protesto, e há quem transforme suas ações em uma carreira, mirando em galerias e museus.

Neste blog pretendemos publicar o que nos mais chama a atenção nas ruas.

Vitché, 1997

Tinho, 1997.